Falta de fiscalização causa concorrência desleal
Sindicato das Empresas Transportadoras do Acre denuncia concorrência desleal e falta de fiscalização às carretas que estariam entrando irregularmente na fronteira do Brasil com a Bolívia e o Peru.
As fotos foram registradas na fronteira e mostram carretas oriundas do Peru e da Bolívia entrando no Brasil. Associados do Sindicato das empresas transportadoras do Acre denunciam que os veículos estão trafegando no país com excesso de peso e fora dos parâmetros exigidos pela legislação brasileira
“Segundo nossos associados eles estão fora dos padrões de peso, de tamanho, de altura, entrando de qualquer jeito”, afirma a presidente do sindicato, Nazaré Cunha.
Dentro da denúncia replicada pelo sindicato está a escolta irregular de cargas por estrangeiros. “Essa semana tivemos a notícia de que estão entrando a noite, escoltados por polícia boliviana e peruana e não sei até onde isso é permitido”, questiona a presidente.
De acordo com o inspetor Jucá, responsável pelo policiamento e fiscalização da Polícia Rodoviária Federal no Acre, não é possível fazer abordagem a todos os veículos ao mesmo tempo e a PRF não recebeu denúncia sólida sobre tráfego de carretas irregulares.
“Não foi enviado nada de situações comprobatórias, de qualquer forma nós estamos atuando. Qualquer veículo que não se enquadre nas especificações, estamos fazendo a fiscalização dentro das nossas limitações. Infelizmente a Polícia Rodoviária Federal ou qualquer outro órgão não tem condição de ser onipresente, onisciente.
Temos limitação de efetivo, de equipamentos que impossibilita estarmos em todos os lugares, todas as horas e fiscalizarmos todo veículo que passa”, explicou. Segundo o inspetor, a informação sobre carretas dos países vizinhos sendo escoltadas por policiais bolivianos ou peruanos é infundada.
O Sindicato alega que a situação gera concorrência desleal com os transportadores locais, já oficializou a denúncia para diversos órgãos e espera providências.
“Só entram a noite, estão danificando estradas, fiação elétrica e de telefonia, enfim. A gente comunicou aos órgãos competentes e até agora não teve nenhuma respostas. Estamos sendo pressionados. Eles estão ameaçando fechar a fronteira e nós queremos solução para que os órgãos competentes fiscalizem e nos dê uma resposta”, cobra a sindicalista.
Fonte:O Alto Acre