Na rota entre Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, os preços médios saltaram de R$ 82,50 por tonelada no final de junho para R$ 135
A entrada da segunda safra de milho, atualmente em fase de colheita, no mercado tem feito com que os fretes rodoviários para escoamento da produção apresentem “trajetória ascendente”, de acordo com análise da INTL FCStone, divulgada nesta quinta-feira.
Conforme a consultoria, na rota entre Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, os preços médios saltaram de 82,50 reais por tonelada no final de junho para 135 reais por tonelada na primeira semana de agosto
“Além da grande oferta de milho, que aumenta a demanda por logística, destaca-se que ainda há volumes consideráveis de soja para serem movimentados, inclusive para serem exportados, aumentando ainda mais a procura por contratação de frete”, explicou, em comunicado, a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi.
A alta nas alíquotas de PIS/Confins sobre o diesel também contribui para o frete mais caro em meio a uma safra de inverno recorde, de mais de 66 milhões de toneladas.
Ainda segundo a consultoria, o comportamento dos fretes no segundo semestre de 2017 deve ser contrário ao observado em igual período do ano passado, quando a safra de soja não era tão grande quanto a deste ano e a produção do chamado milho “safrinha” havia registrado quebra por causa do clima adverso.
“Esse encarecimento do frete traz preocupação quanto à competitividade do milho brasileiro, num momento em que o câmbio já não está tão favorável”, destacou Ana Luiza Lodi
Fonte:Reuters