Diesel pode cair 1,8% (cerca de R$ 0,05 por litro) e a gasolina, 1,4% (cerca de R$ 0,05 por litro) se diminuição for repassada ao consumidor final
A Petrobras reduzirá, a partir deste sábado (15), os preços da gasolina e do diesel nas refinarias. O diesel diminuirá 2,7%, e a gasolina, 3,2%. Conforme a estatal, se o ajuste for integralmente repassado aos consumidores, o diesel pode cair 1,8% ou cerca de R$ 0,05 por litro, e a gasolina deve ficar 1,4% mais barata, ou R$ 0,05 por litro.
A diminuição é resultado de uma nova política de preços, anunciada nesta sexta-feira (14) pela empresa. Por meio dela, serão realizadas avaliações mensais para revisão de preços, de modo a seguir a tendência do mercado internacional. Ou seja, após cada avaliação, poderá haver manutenção, redução ou aumento nos preços praticados nas refinarias.
Mas, como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, os novos valores podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de petróleo, especialmente distribuidoras e postos de combustíveis.
A estatal esclarece que a nova política terá como base dois fatores: a paridade com o mercado internacional – também conhecido como PPI e que inclui custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias – e uma margem que será praticada para remunerar riscos inerentes à operação, como, por exemplo, volatilidade da taxa de câmbio e dos preços sobre estadias em portos e lucro, além de tributos. “A diretoria executiva definiu que não praticaremos preços abaixo desta paridade internacional”, diz a Petrobras, em comunicado.
A Petrobras também avaliará conceder descontos pontuais para diesel e gasolina em mercados específicos, com o objetivo de permitir maior flexibilidade na gestão comercial de derivados e estimular aumentos de vendas. Mas deverá haver garantia de que os valores cubram os custos da empresa.
A decisão do comitê executivo levou em conta o crescente volume de importações, o que reduz a participação da Petrobras, e também a sazonalidade do mercado mundial de petróleo. “O aumento das compras externas vem sendo observado especialmente no caso do diesel, onde a entrada de produtos já responde por 14% da demanda do país. No caso da gasolina, as importações cresceram 28% ao mês entre março e setembro desse ano”, esclarece.
Fonte:CNT de Notícias