Fonte:AutomotiveBusiness-
DAF, que está prestes a completar quatro anos de operação no Brasil (em 2 de outubro), traça nova estratégia para elevar os negócios no País e revela suas intenções de iniciar as exportações de seus veículos fabricados em Ponta Grossa, no Paraná, para outros mercados da América Latina. Os primeiros da lista são Argentina, Paraguai e Uruguai, mas Chile e México também estão na mira. Destes, apenas o Chile já conhece a marca DAF, cujos caminhões são importados diretamente da Holanda. Além do mercado chileno, Colômbia e Peru também importam seus modelos, mas este negócio deverá pertencer em breve à unidade brasileira.
Como a crise diminuiu drasticamente a demanda do mercado doméstico de caminhões, as montadoras redescobriram nas exportações uma saída para manter parte da saúde do negócio no Brasil. Portanto, assim como em outras fabricantes do segmento, a estratégia também servirá para que a DAF gere volume na fábrica paranaense e diminua sua ociosidade. Hoje, a linha de montagem produz cinco caminhões por dia e a partir de 1º de novembro a programação subirá para seis por dia.
VEM NOVIDADES POR AÍ
Por outro lado, apesar da crise, a companhia vem registrando crescimento das vendas desde que chegou ao País e 2017 não deverá ser diferente. Segundo o executivo, os volumes deverão ser 30% maiores neste ano na comparação com 2016, quando a DAF entregou cerca de 673 caminhões, entre os modelos XF105 e o CF85. O índice de crescimento está em linha com o que a empresa já desempenhou até agosto: em oito meses, o volume de licenciamentos aumentou 30,3%, somando 568 unidades até agora.
“Em agosto, tivemos o melhor mês da história da DAF no Brasil, com 115 caminhões vendidos, o que nos garantiu participação de 6% e nos trazendo para a quarta posição em nosso segmento”, relata Gambim.
Ele comemora o fato de que sua projeção de vendas para a faixa de caminhões em que a DAF atua no Brasil, acima de 40 toneladas, deve mesmo encerrar 2017 com crescimento entre 10% e 15%, algo em torno de 16 mil veículos, parte disso ainda puxada pelo agronegócio.
“Acreditamos no Brasil e temos metas ambiciosas. Hoje temos uma frota circulante de 2 mil caminhões e o objetivo é chegar em 2022 com 20 mil unidades emplacadas”, projeta. “Este é um novo momento da DAF no Brasil e estamos nos preparando para o aumento de nosso portfólio de produtos, que vocês poderão conhecer na Fenatran: uma linha de caminhões off-road, que vai nos colocar em um novo patamar e em novos territórios e nos ajudará a chegar a uma posição ainda maior de destaque no mercado.”
A empresa também deverá anunciar a chegada ao Brasil do Banco DAF, que está aguardando análise pelo Banco Central. A divisão da Paccar Financial está demandando investimento de R$ 100 milhões, cuja estrutura física já está montada em Ponta Grossa. “O banco já vai nascer com um carteira de R$ 200 milhões em ativos. A estimativa é que entre em operação entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019”, diz Gambim.