Focada em sua estratégia global de sustentabilidade, que tem por meta atingir zero emissões de CO2 até 2050, a Cummins acaba de se filiar à Associação Brasileira de Hidrogênio, ABH2. Criada há 5 anos, a entidade visa fomentar a cadeia de produção, distribuição e uso desse importante elemento para fins energéticos e industriais no território brasileiro.
“A associação à ABH2 vem reforçar o nosso propósito de ser líder em soluções baseadas em tecnologias de hidrogênio”, comenta Fábio Magrin, que assumiu em fevereiro a liderança para a América Latina da unidade de negócios New Power, criada no final do ano passado, e dos negócios da Cummins no segmento de motores HHP (High Horse Power).
A empresa enxerga nos eletrolisadores, os dispositivos para produção do hidrogênio, parte importante na sua estratégia rumo à descarbonização. Mais sustentável, esse processo permite a eletrólise da água na produção de hidrogênio a partir de fontes de energias limpas, como solar, eólica ou hidroelétrica.
O executivo informa que a Cummins já fornece eletrolisadores para 50 estações de abastecimento de hidrogênio em todo o mundo, tendo grande interesse em intensificar seus negócios aqui no Brasil. Além dos eletrolisadores, a unidade da Cummins dedicada a soluções de carbono zero traz também em seu portfólio de energia os motores elétricos e células de combustível. “Na nossa avaliação, o futuro está na célula de combustível e no hidrogênio, tanto para o segmento dos transportes quanto para o uso industrial”, comenta Magrin.
A Cummins conta com uma joint-venture, a Nproxx, atuando também no armazenamento e transporte do hidrogênio.
Com a filiação à ABH2, a fabricante de motores e geradores se une agora aos principais atores brasileiros envolvidos na área de tecnologia do hidrogênio e células de combustível, incluindo empresas, comunidade científica e pessoas jurídicas associadas à entidade. Um trabalho conjunto de extrema importância para que as metas de sustentabilidade de diferentes setores saiam do papel e virem realidade.
A associação informa ter participação ativa na International Partnership for Hydrogen and Fuel Cells in the Economy (IPHE), que é uma iniciativa colaborativa internacional, em nível de governo, para o desenvolvimento e implantação de tecnologias de hidrogênio e pilhas a combustível. Em 2021 a ABH2 se tornou mantenedora da ABNT para desenvolver e homologar normas técnicas sobre o hidrogênio no Brasil. Há também membros da ABH2 participando nas discussões internacionais de normas e padrões para essas tecnologias, bem como na certificação de produção do hidrogênio.