A Scania antecipa seis caminhões que estarão no seu estande na Fenatran, que será realizada de 4 a 8 de novembro no São Paulo Expo, em São Paulo. Dentre os modelos que serão expostos estão confirmados: os lançamentos 30 G 4×2 (elétrico) e P 280 6×4 XT (‘Light Construction’), o semipesado P 280 6×2 (7 litros), 460 R 6×2 Super, 500 RH 6×4 Super B100 (100% biodiesel) e o G 460 6×2 (movido a gás/biometano). Além disso, a marca anuncia a incorporação de mais itens de série na linha rodoviária.
“As novidades da linha rodoviária 2025 acima de 420 cavalos de potência estão voltadas para segurança e conforto para o motorista”, diz Rodrigo Arita, gerente de Portfólio de Produtos da Scania Operações Comerciais Brasil. Passam a integrar a lista de itens de série: o exclusivo airbag lateral de cortina, airbag frontal, geladeira e gaveteiro, volante com controle de multimídia e detalhes cromados, compartimentos externos dos dois lados da cabine ao lado das portas e farol de milha no teto da cabine.
No quesito segurança, os destaques são para os airbags – o frontal está integrado ao volante. O exclusivo airbag lateral de cortina é crucial em casos de tombamento, pois foi projetado para proteger a cabeça do motorista em caso de forte impacto.
Para o conforto interno do motorista, a fabricante sueca incluiu uma geladeira e um gaveteiro, o que propicia um ambiente ainda mais agradável na experiência de direção a bordo de um Scania. A área externa dos caminhões recebeu o farol de milha no teto para proporcionar maior segurança, principalmente, nas operações noturnas. Os outros itens adicionados são os compartimentos externos em ambos os lados do caminhão, tanto para o motorista quanto para o passageiro, que podem ser utilizados para o transporte de objetos pessoais ou ferramentas.
Linha semipesada Scania: crescimento constante de vendas e aprovação
Os caminhões semipesados Scania equipados com a cabine P, já consolidados na configuração 8×2, contam agora com novas configurações nas trações 4×2 e 6×2. Equipado com motor de 7 litros, 6 cilindros em linha, tem duas potências: 250cv com torque de 1.100Nm (4×2) e 280cv com torque de 1.200Nm (4×2 e 6×2). São modelos que oferecem os maiores torques da categoria. Este motor é mais leve e econômico, tanto em consumo de combustível quanto em manutenção.
Ideal para operações urbana e regional, a cabine P tem boa visibilidade e dirigibilidade, e inclui quatro pontos de suspensão de série, trazendo itens da linha rodoviária para um caminhão semipesado.
A transmissão G25 automatizada com 14 marchas, incluindo uma marcha Overdrive, permite aproveitar melhor a inércia, resultando em economia de combustível. A Scania é a única no mercado a oferecer essa funcionalidade com a caixa de transmissão G25.
Os semipesados da marca são reconhecidos não apenas pela eficiência e robustez, mas também pelo conforto e eficiência operacional. O P 280 6×2 conta com suspensão a ar na traseira, permitindo ajustar a altura do baú em relação à doca para facilitar o carregamento e descarregamento de mercadorias. Além disso, a fabricante reduziu o peso da tara do caminhão em 600 quilos, desta forma foi possível aumentar a capacidade de carga em aproximadamente 7%.
Sustentabilidade do Transporte
Com foco na liderança da transição para um sistema de transporte mais sustentável, a Scania reafirma seu compromisso com a linha Super movida a 100% de biodiesel puro (B100). São duas configurações: 500 cavalos com 2.650Nm para o modelo 6×4, recomendado para composições de nove eixos, rodotrem e bitrem, e 460 cavalos com 2.500Nm para o modelo 6×2. A redução chega a até 77% nas emissões de CO2, do poço à roda. Na Fenatran, o modelo B 100 exposto será o 500 RH 6×4 Super.
Os motores foram desenvolvidos e homologados para operar com biodiesel e todo o sistema, incluindo vedações e elastômeros, foi redesenhado para garantir compatibilidade e durabilidade. Além disso, o sistema de pós-tratamento foi ajustado para atender os níveis de emissões exigidos para o uso de biodiesel.
G 460 a gás e/ou biometano
No segmento de caminhão a gás, além do 460 cavalos, a Scania anunciou, em abril, a chegada do 420 cavalos para substituir o 410cv. Em pouco tempo do lançamento, já foram vendidas quase 200 unidades do G 460 6×2. A autonomia superior de até 650 km permite atender a todos os segmentos do Agro. Com isso, a Scania eleva o transporte sustentável no Brasil a um novo patamar.
Em 2018, a Scania lançou a pioneira linha de caminhões movidos a gás natural (comprimido), liquefeito (gnl) e/ou biometano (100% sustentável), com início de vendas em 2019. A Scania ajudou a criar e desbravar um mercado que não existia e fez parcerias com produtores, distribuidores e companhias públicas de gás. Hoje, há os corredores azuis, a cobertura de gás por praticamente todo o litoral brasileiro e a rede de postos está expandindo para os interiores e Centro-Oeste.
O biometano, de fonte de energia renovável e que pode ser gerado a partir de vinhaça, palha e torta de filtro – resíduos do processamento da cana-de-açúcar, pode reduzir em até 90% as emissões de gases.
Ao adicionar as duas novas potências, de 460cv e 420cv, a Scania passa a atender ainda mais demandas dentro e fora de estrada, criar nichos ainda não explorados por caminhões a gás no Brasil e ampliar o leque de negócios. Os modelos poderão ser configurados nas trações 4×2, 6×2 e o 460 também na estreante 6×4. Na 4×2 seguem as aplicações mais tradicionais do transporte. Já na 6×2 há possibilidade de transferir cargas com capacidade para 30 pallets e levar carretas quatro eixos. O GH 460cv a gás chama muito a atenção pelos dois novos cilindros de gás, desta vez atrás da cabine. É o que a Scania chama popularmente de “conceito mochilão”. Além dos oito cilindros laterais tradicionais, foi ampliada a autonomia justamente com mais dois. Ele poderá percorrer até 650km, rodando com maior autossuficiência pelas rotas já viabilizadas dos corredores azuis, até postos localizados estrategicamente para o reabastecimento.
O GH 460 tem cabine alta Highline e pode ser configurado nas versões 4×2, 6×2 e 6×4. O motor de 13 litros desenvolve torque de 2.300Nm (1.000 @ 1.300 rpm). O entre-eixos é reduzido a 3.600mm, que permite o acoplamento a semirreboques de até 15,40m, costumeiramente chamados de “carretas 30-pallets”, além de aumento na capacidade de gás para até 300 metros cúbicos. Ele faz parte da gama X-gás.
Seguindo o portifolio de sustentabilidade a Scania apresentou seu primeiro caminhão elétrico, lança agora mais uma opção ao transportador e ao embarcador: o modelo histórico 30 G 4×2.
O 30 G tem autonomia de aproximadamente 250 km, vocação urbana e regional, versão cavalo mecânico 4×2 com 300 kw de potência (310cv) e capacidade máxima de tração (CMT) de 66t. Além destas características, está equipado com dois pacotes de baterias (num total de 416kWh). A máquina elétrica EMC1-4 dispõe de uma potência de regeneração de 330kW e desenvolve torque de 1.150Nm. Ele será importado da Suécia e complementará a linha sustentável. Portanto, a Scania vai agregar mais uma matriz energética e não substituir nenhuma atualmente comercializada. O Scania 30 G já está na terceira geração de BEV (veículo elétrico a bateria).
“Estamos seguindo mais um passo do nosso compromisso de liderar a transição para um sistema de transporte mais sustentável, firmado globalmente em 2016. O transportador brasileiro terá em suas mãos o mais amplo portfólio sustentável do mercado”, afirma Simone Montagna, presidente e CEO da Scania Operações Comerciais Brasil. “Sabemos que a jornada da eletrificação tem pela frente etapas importantes de desenvolvimento em várias áreas, especialmente em infraestrutura, por isso acreditamos na multimodalidade com diversas matrizes energéticas alternativas ao diesel. E essa multimodalidade passa pelo gás, biodiesel e elétrico. A Scania está estimulando e ajudando a desenvolver os corredores azuis (gás, gnl e biometano) e a cadeia do biometano para caminhões há 5 anos”, diz Montagna.
Segundo o presidente, o transportador está em busca da solução ou soluções que melhor proporcionem resultados para atender a cada vez maior exigência dos embarcadores para cumprir suas metas de descarbonização com frotas de caminhões mais sustentáveis transferindo suas cargas. “É um frete disputado hoje no mercado”, revela. “Por isso, estamos investindo pesado na melhoria contínua dos nossos produtos, serviços e na rede.”
De acordo com Alex Nucci, diretor de Vendas de Soluções da Scania Operações Comerciais Brasil, é importante lembrar que o cliente busca por soluções viáveis ‘Aqui e Agora’ e equilibradas ambiental e economicamente. “As primeiras entregas do elétrico estão previstas a partir de janeiro de 2026. Neste momento, a nossa visão é que o elétrico atenda as distâncias urbanas e regionais de até 250 km no hub a hub logístico (produtos mais perecíveis) e na última etapa da entrega da carga (last mile). Já o gás natural e o biometano sejam usados nas rotas de 200 a 600 km (médias distâncias), e o diesel, o gnl e o biodiesel – fomos os pioneiros a ter o caminhão com B100 – utilizados nos trajetos de longas distâncias acima de 600 km”, explica Nucci.
Caminhão elétrico da Scania: mais uma opção para a descarbonização
O 30 G 4×2 tem eixo R780 com capacidade de carga de até 66 toneladas o que garante robustez e confiabilidade. O modelo dispõe de uma potência de regeneração de 330kW e desenvolve torque de 1.150Nm com relações de marcha de 18.60, 10.26, 5.02 e 2.77.
“Pensamos em cada detalhe para as aplicações no perfil atual do transporte brasileiro elétrico. Vamos começar as importações e ir amadurecendo com o mercado, clientes, rede e embarcadores, juntando toda a cadeia do transporte e o poder público”, comenta Rodrigo Arita, gerente de Portfólio de Produtos da Scania Operações Comerciais Brasil. “Quando estivermos com os veículos elétricos rodando, vamos passar por um ciclo que é normal na indústria: de demonstrações, aprendizagem, avaliação das demandas dos clientes, análise do que mais poderemos complementar a linha dos produtos e a de acompanhar o desenvolvimento da infraestrutura no país. É uma jornada que não depende apenas da Scania.”
Por falar na máquina elétrica Scania, a EMC1-4 (Electrical Machine Central), ela se posiciona entre as longarinas do chassi do caminhão e está ligada a um câmbio com quatro marchas, proporcionando um conjunto robusto com peso total de 350kg. O motor Scania tem construção e design simples para facilitar a manutenção. Portanto, seus custos de manutenção são similares aos motores de combustão interna.
Há outra vantagem: quase nenhum ruído em ordem de marcha, o que aumenta de forma impressionante a suavidade na operação. Grande aliada neste quesito, a caixa de transmissão traz maior economia de energia e também melhor performance quando será necessário “vencer” algum ponto da topografia na rota.
Baterias: capacidade total de 416kWh
O Scania 30 G poderá ser equipado com dois pacotes de baterias de 208kWh cada, totalizando 416kWh, dos quais 312kWh são utilizáveis, ou seja, para garantir uma margem de segurança e aumentar a vida útil, assegurando uma autonomia de aproximadamente 250 Km.
As baterias deste produto serão de NMC (lítio-níquel-manganês-cobalto. “As baterias de NMC dispõem de uma maior densidade energética, o que significa menos peso total do veículo e, consequentemente, mais capacidade para transportar carga”, diz Arita. Um grande diferencial está no fato de que as baterias serão modulares, facilitando a distribuição de carga pelo caminhão.
O 30 G tem um carregador CCS2, que suporta até 375kW e 500 A, e capacidade de estar com carga total em aproximadamente 50 minutos. “Isso possibilita que os veículos sejam carregados durante intervalos, por exemplo, como o horário de almoço do motorista, aumentando a produtividade”, conclui Rodrigo Arita.